Pesquisar este blog

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

“Marketingopia ou a Miopia Comercial”

Miopia é o estado refrativo em que o ponto focal se forma na frente da retina quando o olho está em repouso, em vez da própria retina, como seria normal; ao contrário, por conseguinte, na hipermetropia, a imagem forma-se por trás da retina.
 
Como na miopia ótica, as empresas comerciais com miopia têm dificuldades em focar-se nos objetivos distantes, ou no seu futuro comercial, o que pode levar a dores de cabeça, estrabismo, desconforto e irritação visual na sua estratégia de negócio. Não conseguem focar-se corretamente nas oportunidades, produzindo a imagem antes ou depois da sua “retina de benefícios”.
 
Esta distorção leva a chamar de “piratas” quem consome música, livros ou filmes fora dos seus canais comerciais. Grande erro de perceção que se combate, equivocadamente, perseguindo estas práticas e tentando voltar aos modelos de fenícios de troca: dinheiro em troca de um objeto. No tempo que passou, o elemento tangível foi digitalizado e já não navega por todo o Mediterrâneo. Pior, entendem que o negócio desapareceu. O que evaporou foi essa antiquada tangibilidade ou troca primitiva.
 
Permitam-me salientar que, por muito que pareça óbvio, o “pirata” gosta de ouvir música, adora ler livros e desfruta do cinema; por conseguinte, não é um “pirata”, é um “cliente”. O facto de que legalmente não é considerado uma forma de comércio não é problema do consumidor, mas sim do fornecedor. Não se trata de encorajar novas cruzadas contra essa nova modalidade desleal, mas sim estimular a criatividade e dar-lhe aquilo de que gosta e desfruta. E, é claro, sem prejudicar o autor, que continua a ser objeto de desejo e é contra a forma de distribuição romântica e marinheira.
 
Enquanto se continuar a chamar “pirata” será processado com leis obsoletas que pouco ou nada podem fazer. Ao contrário, ao pensar como “cliente” que ama e quer música, livros e filmes, abrimos a porta para a inovação comercial. Acha realmente que existe algum ingénuo que pensa que a maior firmeza legal reativará o negócio?
 
Um exemplo claro: há alguns anos atrás, com o aparecimento das câmaras e sistemas de som para substituírem os espelhos retrovisores dos carros, assisti a uma reunião, onde um fabricante de espelhos retrovisores se desesperava diante da concorrência, temendo a mudança fatal do mercado. Felizmente, entre os participantes havia um profissional que não sofria de marketingopia, ou miopia comercial. Tomou a palavra e disse calmamente: “O nosso trabalho não é fabricar espelhos.” Perante o espanto da audiência, engenheiros experientes e fabricantes de espelhos, reiterou: “O nosso trabalho e conhecimento é informar o condutor daquilo que precisa saber e está fora do seu campo de visão. Até agora temo-lo feito com espelhos, e o nosso desafio é continuar a fazê-lo.”
 
Adaptado de “Marketingopia o la Miopia Comercial” do autor Francesc Beltri Gebrat.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Uma forma diferente para adicionar valor aos seus clientes


Ken Valla, Profissional de Vendas da Wilson Learning fala-nos de Uma forma diferente para adicionar valor aos seus clientes.

Cada cliente tem as suas próprias ideias sobre o que constitui um valor justo para a sua situação. E essas ideias podem não ser iguais às suas. Quando apresenta uma solução e tenta justificar o preço com base nas excelentes características e na performance, pode estar a falar com um cliente que não reage a esses argumentos. Valor justo para o cliente é o ponto no qual preço e performance se interligam de uma forma que vai ao encontro das suas necessidades. Compreender o que cada cliente necessita especificamente permite-lhe adequar a sua oferta de forma a ir ao encontro dessas especificações.

Para um cliente, performance pode ser “mais velocidade”. Ou pode ser mais qualidade. Independentemente do cliente, pense em oferecer os seus serviços e opções tendo em mente a experiência completa com a sua solução – desde o 1º momento em que está a conhecer as necessidades, ao momento da compra, à sua instalação ou disponibilização do serviço ao cliente, à atualização ou substituição. Por exemplo, pode apoiar o seu cliente com diferentes formas de pagamento para a solução específica. Ou até ajudá-lo a resolver problemas na instalação e utilização da sua solução. O mais importante é melhorar a componente “performance” sem adicionar mais custos (ou muitos mais custos), a si e ao seu cliente.

Neste ponto de vista, a diferenciação baseia-se na criação de uma oferta que é focada no que o cliente entende como uma solução justa e não nas características do seu produto  - a performance certa pelo preço certo. E pode trabalhar essa visão de valor justo do seu cliente ajudando-o a resolver um problema.

Veja o artigo completo em http://wilsonlearning-americas.com/index.php/blog/post/to_differentiate_leverage_your_customers_view_of_fair_value/